Segundo a PF, a empresa supostamente favorecida pela ação de Vecci, a JC Gontijo Engenharia, doou R$ 1 milhão para o PSDB depois de receber valores relativos ao contrato com a Saneago. A empresa havia doado R$ 1 milhão para o parlamentar nos dias 30 de outubro e 4 de novembro de 2014, maior quantia repassada ao então candidato à Câmara.
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Gravações
Nessa ligação, Vecci pede para o presidente do PSDB “conversar com Robson Salazar no sentido de que este pagasse José Celso (Gontijo), proprietário da JC Gontijo”.
Nessa ligação, Vecci pede para o presidente do PSDB “conversar com Robson Salazar no sentido de que este pagasse José Celso (Gontijo), proprietário da JC Gontijo”.
Antes mesmo, um áudio de 28 de agosto de 2015 pegou Salazar e Vecci, no qual o deputado pediu para o diretor de Gestão da Saneago “receber José Celso Gontijo na Saneago”.
No dia 16 de setembro de 2015, Salazar recebe outro telefonema em que o deputado tucano diz: “Tião Caroço e o Zé Celso estão esperando a contrapartida deles”.
No mesmo dia, o empresário José Celso Gontijo “conversa com Robson Salazar, diz que já falou com Vecci e que tudo estava certo para a liberação da contrapartida da Saneago”.
Em 28 de setembro de 2015, aponta a rede de grampos da PF, Vecci pede para Afreni “conversar com Robson Salazar para pagar o José Celso”. Em outra ligação, o presidente do PSDB de Goiás conversa com Robson Salazar, que diz que “está tudo certo”. No mesmo dia, em conversa novamente com o deputado, Afreni afirma que “o JC Gontijo já foi pago”.
Suspeitas
Para os investigadores, “no contexto mais amplo no qual os fatos se inserem não se pode afastar o entendimento de que os valores recepcionados pelo PSDB fora a título de propina, ainda que sob a forma de doação, porque disfarçadas do seu real propósito”.
Para os investigadores, “no contexto mais amplo no qual os fatos se inserem não se pode afastar o entendimento de que os valores recepcionados pelo PSDB fora a título de propina, ainda que sob a forma de doação, porque disfarçadas do seu real propósito”.
Em nota oficial, o deputado Giuseppe Vecci, do PSDB em Goiás, afirmou que não pediu “pagamento não devido, indevido, nem além do que era devido”. O deputado enfatizou que pauta sua atuação, no exercício do mandato, “pelo respeito institucional”.
O gerente de Marketing da JC Gontijo Engenharia, Marcos Sant’Ana, informou que a empresa “não tem conhecimento” da investigação da Operação Decantação. “Informo que não temos conhecimento da investigação e, por isso, não podemos emitir qualquer tipo de posicionamento sobre o assunto.”
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